sábado, 29 de janeiro de 2011

Eu não tenho porta.

Na verdade, meu quarto não tem porta.
Quando nos mudamos para essa casa, tomei posse de um pedaço do mezanino, que deveria ser um pequeno escritório, para ser meu quarto. Como consequência, ganhei quase todo o espaço daqui de cima.
Legal, tem muito espaço pra colocar minhas tralhas, me espalhar e até uma "ante-sala" pra receber visitas e tal... sem contar que agora o outro pequeno escritório virou o ateliê da minha mãe. É. No meu quarto! Disso, eu tiro a conclusão que não tenho bem um quarto e sim que moro num apêndice da sala.
"E daí?", não é mesmo ? E daí que eu sinto falta de ter um quarto de 4 paredes, 1 janela e 1 porta - assim como era na antiga casa. Pode não ser grande coisa, não abafar ruídos de choro ou música alta quando eu preciso e nem ter tranca, mas seria meu cantinho.
Quem me conhece sabe que eu prezo muito um espaço meu onde eu possa criar meu mundo.
Sem contar que eu gosto de privacidade, de poder colocar música, cantar e dançar ridiculamente sozinha e falar no telefone sem ter gente escutando.
Bom, na falta de espaço habitável, divido meu mundo e coloco as partes em locais acessíveis que eu possa carregar comigo. É, vivendo e aprendendo a ser um caracol.
Em relação à privacidade... nem tudo é perfeito, não é mesmo ? Tenho lidado com isso há 3 anos... já devia estar acostumada.
E quanto ao meu quarto em si... Bem, ele é só um apêndice/quarto; o essencial ele me oferece (teto, paredes, janela e cama). Não dá pra exigir muito mais dele, eu sei. Eu só queria desabafar.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Unsaid things

E daí que um grande texto, escrito com todo o cuidado, perde a graça quando chega no final.
Porque às vezes palavras não são suficientes ou não sabem captar a profundidade ou o sentimento que o(a) autor(a) deseja expressar.
É quase como querer que uma boa ironia seja óbvia para qualquer um.
É. Tá difícil me fazer entender.