sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Talvez uma droga

O corpo inteiro parece conduzir uma corrente elétrica, resumindo bem.
O coração bate forte e, se eu me concentrar, consigo sentir a pressão batendo nas pontas dos dedos. Não sei se é o frio mas não paro de tremer... dos pés à cabeça. De repente percebo como estou completamente ciente de todos os meus movimentos e de como as luzes são claras. Não consigo dormir mais, mesmo que tenha fechado os olhos por apenas uma hora. Não devo ter sonhado com nada (pelo menos não lembro de nenhum sonho) mas parece que não me mexi nem meio centímetro durante o sono. Pensamentos passam pela minha mente como carros numa rodovia... mal consigo ver a cor de cada um. Sinto como se fosse explodir.
Isso sou eu sob efeito de 3 latas de energético, depois de uma noite comum de balada com as amigas. Não misturei com nada, não bebi nenhum refrigerante e nem água.
Nunca teve um efeito desses.
Eu me sinto bem.
Mas talvez eu não deva fazer isso de novo... realmente acordei achando que ia explodir.

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Cortar laços

Sem mais contatos. Sem mais abraços. Sem mais confortos. Sem mais ciúmes. Sem mais brigas. Sem mais "bom dia" e "boa noite". Sem mais cinema no meio da tarde. Sem mais mensagens no meio da noite. Sem mais planos. Sem mais seriados embaixo das cobertas. Sem mais experiências na cozinha. Sem mais declarações. Sem mais músicas compartilhadas. Sem mais campeonatos pra assistir. Sem mais gordices. Sem mais cócegas. Sem mais dividir a cerveja. Sem mais "eu te amo".
Sem mais nem menos, do nada.
E eu só queria 100 mais vezes tudo isso...

terça-feira, 14 de abril de 2015

Um pequeno comentário/desabafo sobre minha última leitura.

Mais uma vez "órfã". É... Acabei de terminar mais um livro. Dessa vez foi It, de Stephen King.
É um livro intenso, instigante, deliciosamente descritivo e surpreendente.
Eu, que nunca tive vontade de ler Stephen King, babei em cima desse livro por semanas até finalmente ganhar de presente da minha irmã.
Terminar ele foi como levar um soco na boca do estômago.
Foram 1102 páginas que me acompanharam por quase um mês. Um mês em que eu não consegui passar mais de 10 minutos sem pensar na história, mesmo tendo que passar até dois dias sem poder tocar as páginas e retomar os capítulos.
Pennywise foi parte de mim. Eu tive medo de ouvir sons vindo do ralo e de sonhar com o sorriso sangrento de palhaço dele. Quase senti em mim a Coisa passar seus dedos brancos, podres e  enluvados. Temia acordar e perceber que meu livro (que sempre passava as noites embaixo do travesseiro) estava desmarcado ou manchado ou com uma foto que se moveria, se eu parasse para olhar.
Vou confessar que tive que ler as últimas páginas próxima de outras pessoas, com receio de ver alguma coisa que me causaria
(pesadelos à noite)
arrepios.
Voltas e reviravoltas depois, tudo está acabado. A tartaruga não pôde nos ajudar mas Bill Gago, Bevvie, Monte de Feno, Boca de Lixo Tozier, Eds, Stan e Mickey sim. SIM, SENHOR. SIIIM, SENHOR.
Espero que a tinta não se apague na minha memória. Foi uma história e tanto essa que me contaram sobre uma pequena cidade do Maine chamada Derry e sua propensão a acontecimentos violentos e macabros.

Ps: pequenas influências da narrativa nesse texto. ♡