terça-feira, 25 de agosto de 2009

aqui perto de casa tem uma sorveteria (la bella). desde a época que o nome era gula gelada eu, minha mãe e minha irmã adorávamos ir lá pra sentar nas mesinhas externas enquanto tomávamos sorvete olhando pro horizonte reto desse cerrado. incrivelmente a visão daquele grande gramado entre dois prédios (a apenas duas ruas de distância) nos lembrava praia: o céu bem azul no fim da tarde jutamente com a brisa fresca que vinha initerrupta e a visão do horizonte até onde a terra começa a se curvar demais.
lindo, simplesmente; nosso pedaço de litoral no meio do centro-oeste.
infelizmente, a praia se foi... a sorveteria continua lá e os dois prédios e o céu azul também. mas o horizonte não é mais visível.
a grama verde foi cercada: uma parede fina de alumínio nos impede de atravessar o campo ou ver do outro lado. o material prateado impede a imagem do mar esverdeado se formar em nossas mentes.
em breve as placas que servem de cerca serão retiradas, o prédio estará pronto e não terei mais vontade de ir à la bella; meu mar foi embora. meu precioso azul-esverdeado foi tampado por blocos de concreto e massa, apoiados uns nos outros para formarem andares.
...
será que o alguém que futuramente comprar um apartamento com varanda pro horizonte vai, algum dia, desfrutar da visão que tanto me agradava ? será que vai colocar sorvete numa tacinha, sentar na varanda e pensar que a terra à frente parece um mar ?
ah, doce esperança de que ainda exista coração mole e mente fértil nesse mundo futuro onde casas serão raras e apartamentos terão vista pra varanda do outro.
;*

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Foras não costumam ser divertidos e às vezes o que era pra ser um fim vira uma novela. Mas alguns são tão ilógicos que você leva a dúvida para a vida.

No meu caso foi um namoro de 8 longos meses de amor e companheirismo. Não consigo lembrar de uma briga sequer e, por motivo de horário(ele estudava de manhã e eu à tarde), nos falávamos por telefone praticamente todas as noites. Tudo corria bem e um certo sábado resolvemos ir ao shopping passear. Eu estava nas nuvens quando voltei pra casa - como sempre que o via - e estranhei que ele me ligasse meia hora depois. Tudo bem, atendi. O que se seguiu foi quase um pedido formal de término. Causa ? Ele não gostava mais de mim como antes, desmentindo um "eu te amo" dito mais cedo. Claro que fiquei abalada e perguntei porque não tinha falado durante as 4 horas que passamos juntos durante a tarde. Resposta ? Não teve coragem.
Depois dessa até desencanei: um garoto louco e covarde ? Com certeza estaria melhor sem ele.

Pauta do TDB: Foras sem noção.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

"voar voar, subir subir, ir por onde for..." -q

aah, se o bom humor não é uma dádiva!
acordar sorrindo e com vontade de distribuir "bom dia" para quem passar na frente não é comum, por isso nada melhor do que levantar da cama com o pé direito e desejar, primeiramente, um bom dia pra si mesmo. aposto que ele pode ser ótimo !
o meu, por exemplo, foi muito bom. acho que minha felicidade era tanta que até influenciou o meu cabelo (nada de bad hair day, uhul!), não parei de cantar musiquinhas velhas e repetitivas a tarde inteira e minhas piadinhas irônicas fizeram sucesso.
mas o bom humor não precisa vir necessariamente após uma noite de sono; ele pode ser obtido durante o dia, é claro.
a felicidade deixa a manhã mais clara, a comida mais gostosa e os olhos mais verdadeiros. o dia fica muito mais bonito com sorrisos e, além de serem mais contagiantes que bocejos, são de graça!
então, não se deixe abalar por qualquer mal humor alheio! se você está feliz, é isso que importa!
brinque, dance, pague micos e ria depois, abrace muito, conte piadas, ouça histórias.
procure o lado bom da sua vida - tenho certeza absoluta que ele existe - e curta !
a cada dia que passa eu me convenço mais de que, de todas as besteiras diárias, a maior delas é passar de cara fechada o momento que se poderia estar sorrindo.
vamos, vamos! movimente seus 14 músculos e mostre-me o seu sorriso.
que isso seja um grande viva às rugas de expressão! :D
;*

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

I'm back

escrever...apagar. escrever...apagar. escrever... acrescentar algumas linhas com esperança e...apagar, ficar frustrada e fechar a janela.

há exatos 1 ano e 5 meses atrás eu nem imaginava o futuro do meu querido r.r. e achava que seria um bom lugar pra desabafar, escrever quando desse vontade e , assim, manter em escancarado segredo mais uma parte da minha vida: bem ali, exposta pra quem se interessasse a ver.
não lembro ao certo o que me fazia entrar no computador e acessar logo de cara o blog, mas lembro que sempre apertava o botão de "Publicar Postagem" com um certo alívio e apreensão; a incerteza de querer ser lida e comentada e o receio de não gostarem, caso lessem.
com o tempo, fui me acostumando à escrever quase diariamente sobre o tudo, o nada e o que tem entre o dois, e me dando conta de que não precisava ser lida... só precisava colocar pra fora.
por vários meses foi assim: eu vinha, escrevia o que desse na cabeça, saía aliviada e, vez ou outra, contava com um comentário de uma grande amiga minha. confesso, eu estava satisfeita.
mas num surto de ousadia, me inscrevi em uma seleção de blogueiras e (totalmente contrária às minhas expectativas) passei.
a alegria foi imensa, claro, como já publicado aqui mesmo; a constatação de que alguém realmente gostara do que eu escrevi e acreditou que mais pessoas gostariam foi completamente novo para mim. o reconhecimento da minha capacidade, um mundo novo em que eu entrava por mérito próprio. inimaginavelmente bom.
mas então... mudou. eu mudei.
não saber como falar sobre o assunto que me pediam me frustrava e sugava a vontade de escrever o que fosse. e quando somava ao fato de que agora outras pessoas liam meus textos, não sabia o que seria interessante e o receio que surgiu lá na criação do meu espaço, voltou forte.
então hoje eu parei; há quase 1 mês não escrevo por vontade, apesar de várias vezes encarar por minutos a fio o espaço branco de postagem antes de desistir.
a minha visão relativa me pede espaço; não vou mais negar-lhe palavras se ela quiser se expressar.
realidade, estou de volta !
;*