quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Treinamento confuso

Eis que volta aquela vontade louca, mais uma vez. Já não sei quantos dias tão bons passei pensando em como ela pôde ser tão má a ponto de aparecer do nada. Uma coisa insana que insiste em sair raivosa de algum ponto dentro de mim e ir batendo pelas paredes do meu tórax, maltratando o coração e os pulmões, fechando minha garganta por algum tempo e confundindo minha cabeça sem pedir permissão.
Não preciso de muita coisa para um sorriso se fazer em meu rosto, mas parece que um vago lampejo desestimulante acaba comigo, física e psicologicamente, e faz essa vontade aparecer. Confesso que faz algum tempo que não sei o que é dar vazão a essa rebeldia sem causa mas não acho que seja por isso que ela insiste tanto.
Perdi as contas das vezes que parei para considerar se valia a pena liberar essas lágrimas insistentes até decidir pelo não e desfazer qualquer vestígio que a vontade de chorar possa ter causado em meu corpo e mente... sabe, já virou rotina.
Mas não quero voltar ao que era, não. Já não consigo mais ver meus sentimentos como lixo industrial e tratá-los assim, simplesmente jogando-os num canto onde não vou muito e deixar que sejam cuidados pelo tempo, mesmo sabendo que não são biodegradáveis e não sumirão tão cedo. Sei que sou forte se quiser fazê-lo, mas descobri a importância de demonstrar meu lado mais humano, menos frio, e dou valor a isso. O que não significa que o banalizarei...
Então... será essa a resposta ? Só mais uma briga entre a razão e a emoção e a busca sensata por um meio-termo ? [...] Apenas gostaria que não fosse tão óbvio e talvez esse texto fizesse algum sentido.