quinta-feira, 21 de maio de 2009

Mais uma noite como aquela e Draco simplesmente iria desistir de patrulhar os corredores, o que era sua função de monitor. Não via motivo nenhum para se manter acordado até mais tarde que todos e ficar andando de um lado para o outro naquele castelo gigantesco se...


- Nada nunca acontece. - resmungou o rapaz virando em mais um corredor depois de quase duas horas patrulhando. Não vira nem sequer uma mosca no seu trajeto que abrandia metade da escola.


Seu tédio estava atingindo o auge lá pela meia-noite, quando cansou de fazer o mesmo caminho repetidas vezes, e resolveu que ninguém descobriria se ele fosse dar uma volta no lago para esvaziar a cabeça antes de dormir. E se alguém descobrisse ele também não se importava, a diversão de ter autoridade sobre os alunos mais novos não superava a chatice das obrigações noturnas.


De tanto pensar nos prós e contras de deixar sua função de monitor, nem se dera conta do quanto andara e só parou quando chegou ao jardim e percebeu que lá fora tinha tanto para fazer quanto lá dentro. Andou a esmo por alguns minutos mas, ao ouvir o som das portas se abrindo, correu para se esconder no meio das árvores que tinham ali perto. Quando teve certeza de que estava totalmente oculto, arriscou um olhar para onde tinha vindo o barulho.

Sua testa se franziu por alguns instantes e não demorou muito para reconhecer a ruiva que saía do castelo. Se não estava enganado, já era a terceira noite em menos de duas semanas que aquela garota aparecia usando o mesmo casaco longo e fazendo as mesmas coisas. Ou quase. Dessa vez ela novamente olhou pro céu e pareceu falar e sorrir para o nada e, também como das últimas vezes, foi andando até uma macieira na beira do lago para se sentar. A diferença foi que, naquela noite, ela resolvera interromper o ritual e pegar uma maçã antes de começar a escrever no caderninho.


Draco não sabia ao certo o por quê de nunca ter-lhe dado um belo susto nessas noites que a vira mas também não se esforçava para descobrir; era simplesmente muito mais fácil ficar sentado na grama, escondido entre as árvores, pensando nos motivos que levavam aquela pequena ruivinha aos jardins tão tarde da noite e por tantas vezes. Como não achava resposta, se ocupava em olhar de longe e esperar a hora que ela voltasse para a escola para ele poder ir depois sem ser visto. Ainda sentado, olhou para os lados se dirigiu engatinhando ao tronco mais próximo para poder se apoiar mas, quando já estava quase chegando, sentiu a mão e os joelhos escorregarem e, com o susto, não teve tempo de amparar a queda, resultando num encontro do seu queixo com o chão. Com um salto levantou e começou a puxar a capa para pressionar a língua que mordeu sem querer e estava tão ocupado que nem percebeu o grito que deixara escapar e agora ecoava pelos jardins.




* pessoinhas, pessoinhas... mais uma parte que do que eu tinha prometido.
descuulpem a demora mas a semana foi corrida e não tive tempo para escrever.
vocês já devem ter percebido que esse 'capítulo' se trata da mesma noite da Virgínia(Gina) só que vista pelo ponto de vista do Draco (não resisti! eu adoro esse casal impossível).
espero sinceramente que vocês tenham gostado; eu já estou no limite do meu cansaço e gastando parte das mera 5 horas de sono que terei essa noite...
amanhã é a final da gincana, peoples ! torçam por mim, sim ?
:*

domingo, 17 de maio de 2009

Já passava de meia-noite quando Virgínia resolveu chutar suas cobertas para o lado, sair do seu dormitório e ir passear pelos jardins da escola. O dia tinha sido vazio e cada mísero detalhe tedioso ficara marcado na sua mente à ferro. Todos os dias sempre a mesma coisa, todas as semanas nunca nada de novo acontecia, os meses eram tão iguais que ela se perguntava como já era junho se nem se lembrava de ter passado por maio. Até essa insônia que a perturbava ultimamente sem motivo não mudava.

Como já estava acostumada a fazer o mesmo caminho tantas noites, seus pés a levaram diretamente pelos corredores mais seguros (para evitar esbarrar no terrível zelador). Para cobrir seu pijama, usava um casaco escuro e comprido, que balançava suavemente enquanto andava e se agarrava a um pequeno caderno e uma caneta.

Parou apenas quando finalmente se viu do lado de fora do castelo. O vento brincou com seus longos e ondulados cabelos ruivos, jogando-os para trás enquanto ela inspirava profundamente o ar fresco da noite e um sorriso satisfeito brincou em seus lábios finos.

- Olá. Sentiram minha falta ? - disse ela olhando para cima - Eu senti saudade de vocês. Aliás, estão especialmente lindas hoje.

Piscou com ternura para os pontinhos que brilhavam no céu negro e se dirigiu à sua árvore favorita, uma macieira alta e cheia de frutos que ficava perto do lago, olhando atentamente sua copa. Era sua noite de sorte.

Deixou o caderno e a caneta junto ao tronco e se posicionou estratégicamente embaixo de uma maçã muito vermelha. Precisou de três pulos esforçados até conseguir alcançar seu alvo, mas a dificuldade só a deixou mais orgulhosa de si mesma. Sentou, ajeitou o pequeno caderno sobre as pernas dobradas, deu uma mordida na maçã e começou a escrever absorta em pensamentos, sem nem ao menos perceber o par de olhos que a observava de longe.



* geeente, eu resolvi começar essa história. por favor, adorariia opiniões! é claro que isso se vocês quiserem que eu continue... :$
como tenho atualizado muito pouco e não tenho tido muito assunto, resolvi começar aquela fic que eu tinha prometido.
tentarei postar diariamente e sempre vai ser de pouquinho em pouquinho. espero que vocês gostem... peguei uma base em Harry Potter.
:*

segunda-feira, 11 de maio de 2009

chamem de frescura, besteira, paranóia, digam que preciso superar isso ou que só vai atrasar minha vida. eu não me importo. não gosto de mudanças e ponto final.
e tudo se deve a pequenos traumas sofridos aqui e ali que vão se somando e somando e... bem, eu fico receosa com mudanças em geral.
nunca fui o tipo de pessoa que se joga de cabeça nas oportunidades.
também não aprendo a pesar todos os prós e contras e, se me pego fazendo isso, acabo desistindo antes de começar.
até tento um meio-termo mas, extremista como sou, raramente consigo.
tive progressos, adimito. passei anos relutando para cortar meu cabelo e fazer franja mas quando fiz gostei do resultado.
porém, "nem tudo é exatamente como a gente quer", já dizia Guilherme Arantes, e algumas alterações acabaram sendo um pouco negativas do meu ponto de vista.
tudo bem, algumas mudanças são involuntárias ou obrigatórias, como crescer e passar de ano.
em algumas você não tem opinião e podem ser para o seu próprio bem, como mudar de colégio ou alguma dificuldade no trabalho.
já em outras, você é que decide e sua escolha pode afetar muito ou pouco na sua vida de ali em diante mas é você que vai arcar com as consequências.
algumas outras mudanças são extremamente drásticas e nem sempre necessárias, mas isso varia de pessoa para pessoa... algumas nem sequer chegam perto de pensamentos assim e vivem bem com o que já estão acostumadas.
de qualquer forma, mudanças precisam de toda uma preparação psicológica (e às vezes até física) para serem suportadas, o que nos faz temê-las por não saber como nos virar depois que o habitual é desestruturado. porque mudança é isso! é alterar, é variar, é modificar, é trocar, é transformar. nossa vida é baseada em mudanças temporárias ou definitivas que compõem pessoas e personalidades diferentes; sem elas talvez nunca estaria escrevendo aqui porque não teria me adaptado ao mundo da internet...
de qualquer forma, continuo não gostando de mudanças e não sabendo lidar com elas, mas respeito-as e não consigo fugir de muitas. (como se eu tivesse outra escolha)
;*

ps¹: isso tudo começou mais ou menos por causa de uma mudança de layout que eu tentei fazer pra mudar a cara do realidade relativa mas não deu muito certo e eu quase surtei tentando fazer voltar ao normal.
ps²: TAKERIZE tá em 4º lugar na classificação geral (apenas 25 pontos atrás do 1º colocado) e lá vamos nós para a final ! obrigada à todos que torceram :')

sábado, 9 de maio de 2009

eu uso meu celular como despertador... e ele está tocando. começo a tatear no escuro à procura de um infeliz objeto vibrante e barulhento. abro, nem vejo, fecho.
ah, o silêncio. certo, cadê o sol pra ajudar a enxergar um palmo em frente ao meu nariz ?! anh, claro... não tem sol às 5h da manhã, anta. vejamos, vejamos, vejamos... OMG, vejamos mais coisa nenhuma que eu fiquei cega!! (juliana teve a infelicidade de acender a luz). [...]
"pega tudo que você pensar que pode ser útil." okay.
caneta tinteiro, pena, abridor de garrafa, prova gabaritada, dinheiro estrangeiro, moeda velha, nota de um real, cabide, bicho de pelúcia, chaveiro, esqueiro, cd, vhs... "o que você acha de um livro de auto-ajuda ou... ou... uma fita colorida?" "não viaja, bru"; "já sei ! já sei ! vamo levar uma fôrma de gelo?" "bruna, quieta." [...]
"será possível que ninguém que mora na 34 está acordado às 6:30 de uma manhã de sábado pra arranjar um cano pra gente?" [.]

organizações, muitos gritos, vários berros, cantorias, xingamentos e animações depois, teve término a 1ª fase da gincana.
o que eu tiro disso? "VAI TAKERIZE, VAI-VAI TAKERIZE"
nunca tinha dado tanto suor e voz pra uma equipe de gincana mas foi um ótimo momento, uma manhã maravilhosa e estressante, que vai ficar na memória porque "TAKERIZE tem aquilo que você não pode dar".
se Deus quiser, vamos arrasar na final. torçam por mim ? (yn)

ps: tentei fazer uma coisa engraçadinha... me perdoem se eu não tenho o dom da comédia ^^"

sexta-feira, 1 de maio de 2009

coisas desconexas. eu gosto.
não do dadaísmo daqueles vanguardistas amargurados, mas talvez do niilismo dos que precisavam se expressar.
não a desconexão ilógica e o desencontro de palavras, e sim uma mistura de idéias propostas apenas em prol da tentativa de expressão.
meu blog, minha identidade.
minhas idéias escritas e apagadas repetidamente tentando alcançar algo perto do ideal que eu havia pensado. quantas vezes não escrevi sobre idealizar situações que (muito provavelmente) não irão acontecer daquela forma? é... eu não aprendo mesmo.
e é isso: eu não aprendo.
eu não aprendo que corro o risco de me cortar mexendo com faca; não entendo que dormir tarde e mal vai me fazer ter pesadelos e acordar com olheiras; não percebo quando tenho que parar em uma discussão ou em um desabafo; não descubro nunca o momento certo para calar a boca ou falar alguma coisa e minhas desculpas não são como deveriam ser.
mas as diferentes maneiras que eu erro que deveriam me levar ao acerto ainda me trazem um bônus: me permitem ver os diferentes ângulos de um mesmo erro cometido de diferentes formas.
a realidade que o engloba é sempre diferente pois meu ponto de vista nunca é o mesmo.
o modo como se vê algo muda tudo. a verdade absoluta, se é que ela existe, continuará a existir e reinar. mas desde quando isso importa se a sensação que você tem quando vê a mesma figura de outros lados é diferente ? a realidade é relativa e é isso que te digo.
se você discorda, ótimo! é mais um outro ponto que você me apresenta.
se ela vai ser uma realidade para mim também ? aí já é ooutra história.
;)