Os braços e as pernas abertos, tal qual o famoso desenho de Da Vinci, deitada no chão. Sua face irredutível e indiferente, olhos voltados para o teto por pura conveniência - não havia nada mais de interessante naquele quarto.
A cada dia sentira, tentara compreender e desistira, vários sentimentos projetados em si, compartilhados ou proporcionados apesar de nenhum realmente ter conseguido ocupar espaço em sua mente por muito tempo.
Tentou lidar com a falta do que fazer do jeito que pôde e na intensidade que conseguia. Aprendeu a fazer algumas coisas e a se interessar por elas, vasculhou na lembrança momentos que pudessem tirá-la da realidade por algum tempo, ocupou-se com atividades sem resultados e com algumas obrigatórias e, por fim, quase redescobriu uma rotina (mas não chegou tão longe).
E o ânimo se foi. As manhãs, cinzentas ou claras, davam bom dia e as estrelas fosforescente de seu teto (se é que reparava em outras) sussurravam boa noite; fora isso não havia nada para delimitar o dia. Ou talvez não existisse mais vontade para fazê-lo.
Foram horas, minutos ou segundos ali, descansando um corpo inutilizado. Na verdade, tanto fazia para ela, pois sabia que o dia duraria as mesmas torturantes 24 horas cronológicas, com todas suas pausas e acelerações.
vivendo do ócio: os efeitos do tédio sobre a mente humana !
ResponderExcluirgostei do texto, madinda :)
tava sumida do blog né ? <3
ócio criativo (:
ResponderExcluirme amarro nas suas palavras. :'D
beeeijos Bruh (L)
ah, ultimamente nem tenho mais tempo pra fazer isso... kakaka.. nem tem como.. me forcei a fazer coisas pra me animar mais, pra trabalhar mais o corpo e a mente... senão eu caio em depressão.. =[
ResponderExcluirbjsss
Pra você ver que nem todo corpo no ócio é um corpo inutilizado ;D
ResponderExcluirAdorei seu texto, muito bom!
para provar a admiração pelos seus textos, indiquei o selo "Blog de excelência" para o seu blog.
ResponderExcluirabraço.
http://luizlukas.blogspot.com/2010/04/este-selo-especial-eu-ganhei-com-muito.html