sexta-feira, 30 de julho de 2010

E quando eu morrer ?

O que vai sobrar ? Do que vão lembrar ? E por quanto tempo ?

Não, no momento eu não estou falando do assunto polêmico que é a pós-vida. Eu simplesmente estou levantando uma questão que surgiu agora na minha mente: E o pós-morte ? Pior: e a minha pós-morte ?

Um assunto sombrio, meio emo e bem irrelevante, é verdade, mas eu realmente me pergunto como será... Como será o meu caixão ? Quais flores estarão sobre ele ? Vão respeitar alguma preferência minha que eu tenha pedido enquanto viva ? Como meus conhecidos vão saber do enterro ? E duas muito comuns: Quantas pessoas estarão lá ? Por quanto tempo depois lembrarão de mim ?

Mas, sinceramente, o que me mexeu de verdade a ponto de querer escrever tudo isso agora foi o seguinte: Pelo quê serei lembrada ?

Como possível futura contadora, não acho que vá mudar grandes coisas na vida das pessoas a partir da minha profissão.
Pelos amigos e parentes - talvez até marido e filhos -, esses provavelmente lembrarão saudosos do meu melhor lado e carinhosamente das minhas chatices (é sempre assim).
As outras pessoas que tive contato talvez acabem nem sabendo nada e, se souberem, não sei o que esperar.

Mas e quem eu nunca conheci ? E aqueles que cativei sem notar, sem querer ? Pessoas que talvez nem saibam o meu nome ou quem eu sou, mas que leram minhas palavras e identificaram-se. Ah, que alegria seria ser lembrada pelas minhas palavras. Sussurros, técnica de escrita, interjeições, argumentos, conselhos e até o que nunca saiu da minha boca ou das pontas dos meus dedos - os meus pensamentos. Seria continuar existindo. Mas se não acontecer, paciência. Não é como se eu vivesse para ser lembrada. Se fosse assim, eu tentaria agradar muito mais os outros e fazer as coisas de modo que gostassem.

Ainda bem que não faço disso um objetivo e posso viver do meu jeito. Aliás, se for pensar em ditados e provérbios, "tem louco pra tudo nesse mundo" e "a esperança é a última que morre", mas "palavras ditas são como flechas lançadas". Logo, ainda existe a possibilidade da minha 'pós-existência', porque alguem pode gostar das minhas palavras futuramente - já que elas sempre estarão aqui, no meu pedaço de realidade. Conclusão ? Viver e deixar morrer; tudo o mais além disso é mera especulação.

4 comentários:

  1. o assunto é meio macabro mesmo, e não me pego pensando muito nisso, mas vc abordou algo realmente que nunca tinha parado pra pensar... mas eu acho que enfim, é isso que sobra da gente no final.. xD
    bjinhusss

    ResponderExcluir
  2. Também tenho essas dúvidas... E sempre que começo a pensar nisso tudo torna-se muito estranho e confesso... Dá até medoOo
    ¬¬

    ResponderExcluir
  3. ...traigo
    sangre
    de
    la
    tarde
    herida
    en
    la
    mano
    y
    una
    vela
    de
    mi
    corazón
    para
    invitarte
    y
    darte
    este
    alma
    que
    viene
    para
    compartir
    contigo
    tu
    bello
    blog
    con
    un
    ramillete
    de
    oro
    y
    claveles
    dentro...


    desde mis
    HORAS ROTAS
    Y AULA DE PAZ


    TE SIGO TU BLOG




    CON saludos de la luna al
    reflejarse en el mar de la
    poesía...


    AFECTUOSAMENTE
    SEMENTES DE UM SONHO

    ESPERO SEAN DE VUESTRO AGRADO EL POST POETIZADO DE CACHORRO, FANTASMA DE LA OPERA, BLADE RUUNER Y CHOCOLATE.

    José
    Ramón...

    ResponderExcluir

e aí, o que você me diz ? :)